Serra da Estrela e arredores
Férias em tempo de pandemia
Há sensivelmente um ano dávamos início à primeira grande viagem de mota. Duas semanas e meia entre estradas e estradinhas só para conhecer o que Portugal tem de melhor.
Posso dizer que foi das viagens mais marcantes que tive!
Este ano os planos eram outros. Sonhávamos com uma semana de sol, música e diversão no melhor festival que conhecemos, mas o covid estragou-nos os planos e portanto lá vamos nós outra vez!
Que venha mais uma viagem fantástica em cima das duas rodas mais loucas!
Posso dizer que foi das viagens mais marcantes que tive!
Este ano os planos eram outros. Sonhávamos com uma semana de sol, música e diversão no melhor festival que conhecemos, mas o covid estragou-nos os planos e portanto lá vamos nós outra vez!
Que venha mais uma viagem fantástica em cima das duas rodas mais loucas!
Dia 1 - Lisboa - Coimbra - Sexta-feira (24 Julho)
À semelhança do ano anterior o primeiro dia foi apenas para fazer a viagem até ao ponto de partida das nossas férias. Nasci em Coimbra e, apesar de me ter mudado para Lisboa, continuo a ter a minha casinha sempre lá de portas abertas para me receber. Ao contrário do ano anterior não definimos nenhuma rota em especial. GPS ligado com destino a Coimbra e sempre por nacionais, mas não se iludam, este não é de todo o caminho mais bonito. Estrada sempre reta e sem grandes paisagens. 2h30 assim... A verdade é que, mesmo com uma paisagem pobre, o caminho por nacionais é sempre mais interessante. O destino esperava-nos, como sempre, de sorrisos na cara e braços abertos! |
Dia 2 - Coimbra - Seia - Sábado (25 Julho)
O dia começou com o típico atraso matinal de quem inicia umas férias.
Um pequeno almoço confortante antes de sair e lá fomos nós à descoberta do centro de Portugal.
Primeira paragem - Coja - Uma pequena aldeia de xisto bem simpática, situada no concelho de Arganil. Constituída pelas típicas casas em xisto é uma aldeia que se visita rapidamente visto que não tem muito por onde explorar. Vale pela paisagem à entrada e pelo centro florido, repleto de cafés e esplanadas onde é possível beber um café ou beber um refresco.
Um pouco mais à frente parámos numa das mais famosas aldeias de xisto - O Piodão. Aqui sim! Uma verdadeira aldeia de xisto, repleta de casinhas que parecem saídas de um filme ou livro de fantasia.
Situada no mesmo concelho esta aldeia é um pouco maior. À chegada, do lado oposto à aldeia, e ao cimo da Serra do Açor, é possível ter uma vista magnifica e contemplar aquela que parece uma aldeia em tela de quadro.
Descendo a serra do Açor e entre curvas e contra curvas chegamos ao Piodão.
Nada mais há a fazer senão caminharem entre as ruas e ruelas. É possível descobrir cascatas perdidas entre casas e conhecer os diferentes artesãos que se encontram na rua a vender a sua arte.
Em cima da hora de almoço e apesar da fome não ser muita acabámos por nos sentar num dos restaurantes situados à entrada - Solar dos Pachecos.
Ficámo-nos pelos petiscos e que bem que fizemos! Os melhores caracóis que comi durante toda a semana, um chouriço muito saboroso e para terminar uma degustação dos licores produzidos naquela zona - castanha, flor de sabugueiro e mirtilo.
Se por aqui passarem é algo que não poderão deixar de parte!
O primeiro tem um sabor agradável. Um sabor que se estranha inicialmente mas que nos deixa um gostinho muito bom no final. O segundo já mais fresco e ideal para o verão tem um sabor ligeiro a limão. Já o último é ideal para os mais gulosos, com um sabor tão doce como o seu aroma.
O atendimento neste restaurante é, para além de rápido, de extrema simpatia. Os empregados sempre de sorriso na cara atendem os clientes com muita eficiência.
O dia começou com o típico atraso matinal de quem inicia umas férias.
Um pequeno almoço confortante antes de sair e lá fomos nós à descoberta do centro de Portugal.
Primeira paragem - Coja - Uma pequena aldeia de xisto bem simpática, situada no concelho de Arganil. Constituída pelas típicas casas em xisto é uma aldeia que se visita rapidamente visto que não tem muito por onde explorar. Vale pela paisagem à entrada e pelo centro florido, repleto de cafés e esplanadas onde é possível beber um café ou beber um refresco.
Um pouco mais à frente parámos numa das mais famosas aldeias de xisto - O Piodão. Aqui sim! Uma verdadeira aldeia de xisto, repleta de casinhas que parecem saídas de um filme ou livro de fantasia.
Situada no mesmo concelho esta aldeia é um pouco maior. À chegada, do lado oposto à aldeia, e ao cimo da Serra do Açor, é possível ter uma vista magnifica e contemplar aquela que parece uma aldeia em tela de quadro.
Descendo a serra do Açor e entre curvas e contra curvas chegamos ao Piodão.
Nada mais há a fazer senão caminharem entre as ruas e ruelas. É possível descobrir cascatas perdidas entre casas e conhecer os diferentes artesãos que se encontram na rua a vender a sua arte.
Em cima da hora de almoço e apesar da fome não ser muita acabámos por nos sentar num dos restaurantes situados à entrada - Solar dos Pachecos.
Ficámo-nos pelos petiscos e que bem que fizemos! Os melhores caracóis que comi durante toda a semana, um chouriço muito saboroso e para terminar uma degustação dos licores produzidos naquela zona - castanha, flor de sabugueiro e mirtilo.
Se por aqui passarem é algo que não poderão deixar de parte!
O primeiro tem um sabor agradável. Um sabor que se estranha inicialmente mas que nos deixa um gostinho muito bom no final. O segundo já mais fresco e ideal para o verão tem um sabor ligeiro a limão. Já o último é ideal para os mais gulosos, com um sabor tão doce como o seu aroma.
O atendimento neste restaurante é, para além de rápido, de extrema simpatia. Os empregados sempre de sorriso na cara atendem os clientes com muita eficiência.
Por aqui é possível dar um mergulho nas águas frescas da piscina natural. Porém, dado ao atraso matinal, decidimos seguir viagem até à próxima praia fluvial - Foz D’Égua. A 10min do Piodão, esta praia é algo de maravilhoso!
Não há muito que se possa dizer! As fotografias falam por si!
A verdade é que este pequeno paraíso deixou de ser desconhecido há alguns anos, e por isso a quantidade de pessoas que aproveitavam o sol e a água fresca era demasiada para a época em questão. Assim, um mergulho para refrescar foi o suficiente. Fugimos à pequena multidão que por ali passava a tarde. Afinal, não nos podíamos esquecer do que se passava no mundo.
Mais à frente uma nova praia fluvial (ou piscina natural) - Poço da Broca. A nosso ver uma experiência muito mais agradável!
O número de pessoas a aproveitar este paraíso natural era bastante reduzido e na esplanada encontrámos logo um cantinho onde nos sentámos a beber algo fresco e a apanhar um pouco de sol. Os mergulhos não faltaram, e apesar das águas gélidas, os banhos sabiam muito bem.
Acabámos por aproveitar o resto da tarde neste pequeno paraíso e daqui, pela N338, seguimos até Seia, onde pernoitámos.
Seia, situada perto da Serra da Estrela, é uma simpática cidade que recebe os seus visitantes sempre de sorriso na cara.
Tal como no ano anterior, a tática para descobrir local para dormir mantinha-se. Chegar ao local e perguntar num café, posto de turismo ou restaurante. E assim foi, sentámo-nos numa esplanada, bem central, da cidade e perguntámos. Muito rapidamente nos chegou um contacto que nos arranjou local para dormir.
Ainda com direito a escolher o quarto pernoitámos nos Alojamentos Leitão. Alojamentos muito simples, mas com aspeto cuidado, e sempre recebidos de sorriso na cara
Não há muito que se possa dizer! As fotografias falam por si!
A verdade é que este pequeno paraíso deixou de ser desconhecido há alguns anos, e por isso a quantidade de pessoas que aproveitavam o sol e a água fresca era demasiada para a época em questão. Assim, um mergulho para refrescar foi o suficiente. Fugimos à pequena multidão que por ali passava a tarde. Afinal, não nos podíamos esquecer do que se passava no mundo.
Mais à frente uma nova praia fluvial (ou piscina natural) - Poço da Broca. A nosso ver uma experiência muito mais agradável!
O número de pessoas a aproveitar este paraíso natural era bastante reduzido e na esplanada encontrámos logo um cantinho onde nos sentámos a beber algo fresco e a apanhar um pouco de sol. Os mergulhos não faltaram, e apesar das águas gélidas, os banhos sabiam muito bem.
Acabámos por aproveitar o resto da tarde neste pequeno paraíso e daqui, pela N338, seguimos até Seia, onde pernoitámos.
Seia, situada perto da Serra da Estrela, é uma simpática cidade que recebe os seus visitantes sempre de sorriso na cara.
Tal como no ano anterior, a tática para descobrir local para dormir mantinha-se. Chegar ao local e perguntar num café, posto de turismo ou restaurante. E assim foi, sentámo-nos numa esplanada, bem central, da cidade e perguntámos. Muito rapidamente nos chegou um contacto que nos arranjou local para dormir.
Ainda com direito a escolher o quarto pernoitámos nos Alojamentos Leitão. Alojamentos muito simples, mas com aspeto cuidado, e sempre recebidos de sorriso na cara
Dia 3 -Seia - Manteigas - Domingo (26 Julho)
Acordámos bem cedo para aquela que sabíamos que seria uma longa caminhada - Conhecer o Covão dos Conchos, o famoso buraco nas montanhas da Serra da Estrela.
Seriam, ao todo, 8 quilómetros de caminhada e estávamos conscientes que o ideal seria começar bem cedo para não apanharmos as horas de maior calor. Preparámos uma sandes e águas para o caminho e lá fomos nós em direção à Serra.
Pelas curvas e contra curvas da N339 chegámos ao início do trilho que dá acesso a esta suposta maravilha da natureza. Esta é mais uma das nacionais que, para quem gosta de estrada não pode perder. Entre montes e cabeços a paisagem é algo de incrível, avistam-se lagos e uma imensidão de calma. Pelo caminho passamos por mais uma das aldeias serranas - O Sabugueiro. Uma pequena aldeia ideal para uma refeição bem típica ou para aproveitar o sossego das montanhas e pernoitar umas noites.
A caminhada até ao Covão dos Conchos é qualquer coisa de fantástico. Em parte faz lembrar algumas das paisagens que vemos nos filmes Into the Wild ou Peaceful Warrior. O silêncio faz-nos desligar do mundo e não é possível haver qualquer ansiedade.
Como já dissemos, são 4 quilómetros de caminhada para chegar ao tão falado Covão dos Conchos, e à chegada a desilusão é notória. Aquilo que achámos que seria uma obra incrível da natureza não nos fez ficar fascinados.
É verdade, as fotografias enganam e bem! Porém, aconselhamos qualquer um a fazer esta caminhada, afinal “o que importa não é o destino, mas sim a jornada” e acreditem, a jornada vale a pena!
Daqui seguimos até Loriga, uma aldeia conhecida como “Suíça Portuguesa”. Rodeada de trilhos pedestres nos quais nos podemos perder, e que acreditamos serem incríveis, nesta vila é possível aproveitar para mergulhar nas águas frias das praia fluvial.
Situada junto do Parque Natural da Serra da Estrela, no concelho de Seia, e através de uma estrada serpenteante durante a qual podemos usufruir de uma vista surpreendente, alcançamos então esta vila.
À chegada à praia fluvial ficámos surpreendidos com a que poderia ser mais uma maravilha portuguesa, não estivesse ela repleta de pessoas!
Com pouco espaço para estender a toalha acabámos apenas por nos refrescar num mergulho rápido.
Tempo de pandemia e aglomerados não combinam, pelo que a passagem por aqui foi mais rápida que o previsto.
Acordámos bem cedo para aquela que sabíamos que seria uma longa caminhada - Conhecer o Covão dos Conchos, o famoso buraco nas montanhas da Serra da Estrela.
Seriam, ao todo, 8 quilómetros de caminhada e estávamos conscientes que o ideal seria começar bem cedo para não apanharmos as horas de maior calor. Preparámos uma sandes e águas para o caminho e lá fomos nós em direção à Serra.
Pelas curvas e contra curvas da N339 chegámos ao início do trilho que dá acesso a esta suposta maravilha da natureza. Esta é mais uma das nacionais que, para quem gosta de estrada não pode perder. Entre montes e cabeços a paisagem é algo de incrível, avistam-se lagos e uma imensidão de calma. Pelo caminho passamos por mais uma das aldeias serranas - O Sabugueiro. Uma pequena aldeia ideal para uma refeição bem típica ou para aproveitar o sossego das montanhas e pernoitar umas noites.
A caminhada até ao Covão dos Conchos é qualquer coisa de fantástico. Em parte faz lembrar algumas das paisagens que vemos nos filmes Into the Wild ou Peaceful Warrior. O silêncio faz-nos desligar do mundo e não é possível haver qualquer ansiedade.
Como já dissemos, são 4 quilómetros de caminhada para chegar ao tão falado Covão dos Conchos, e à chegada a desilusão é notória. Aquilo que achámos que seria uma obra incrível da natureza não nos fez ficar fascinados.
É verdade, as fotografias enganam e bem! Porém, aconselhamos qualquer um a fazer esta caminhada, afinal “o que importa não é o destino, mas sim a jornada” e acreditem, a jornada vale a pena!
Daqui seguimos até Loriga, uma aldeia conhecida como “Suíça Portuguesa”. Rodeada de trilhos pedestres nos quais nos podemos perder, e que acreditamos serem incríveis, nesta vila é possível aproveitar para mergulhar nas águas frias das praia fluvial.
Situada junto do Parque Natural da Serra da Estrela, no concelho de Seia, e através de uma estrada serpenteante durante a qual podemos usufruir de uma vista surpreendente, alcançamos então esta vila.
À chegada à praia fluvial ficámos surpreendidos com a que poderia ser mais uma maravilha portuguesa, não estivesse ela repleta de pessoas!
Com pouco espaço para estender a toalha acabámos apenas por nos refrescar num mergulho rápido.
Tempo de pandemia e aglomerados não combinam, pelo que a passagem por aqui foi mais rápida que o previsto.
Eram cerca de 17h quando saímos de Loriga e a ideia era dormir em Manteigas. Porém, pelo caminho, a praia fluvial da Lapa dos Dinheiros, não podia ficar por visitar!
Com o sol menos tórrido ainda nos aventurámos a um mergulho nestas águas! Aqui, o sossego era outro! Menos pessoas e mais espaço para descansarmos.
Aproveitámos para parar um pouco, relaxar, ouvir os sons da natureza e desfrutar do ambiente em redor.
Com o sol menos tórrido ainda nos aventurámos a um mergulho nestas águas! Aqui, o sossego era outro! Menos pessoas e mais espaço para descansarmos.
Aproveitámos para parar um pouco, relaxar, ouvir os sons da natureza e desfrutar do ambiente em redor.
Continuando a percorrer a N339 dirigimo-nos ao Vale do Rossim, onde também é possível aproveitar o sol e as águas do rio para um mergulho. Infelizmente já chegámos tarde para um último mergulho, porém pudemos aproveitar a paisagem que, mais uma vez, não nos desiludiu.
Mesmo ao lado da praia fluvial Vale do Rossim existe um parque de campismo. Se por um lado é ótimo para quem queira aproveitar esta zona, por outro poderão perceber que, em tempo de férias é uma zona recheada de pessoas. Já na N232, em direção a Manteigas, aconselhamos a parar na nascente do Rio Mondego. Água mais fresca e pura não irão encontrar. Aproveitem para encher as garrafas e saborear a água que dá origem ao maior rio exclusivamente Português. A chegada a Manteigas, feita pela mesma nacional, deixou-nos rendidos. Uma descida repleta de curvas e contracurvas e sempre debaixo de árvores que formam um túnel natural contínuo. Tinha estado em Manteigas há uns bons anos, ainda era miúda e não imaginava alguma vez conhecer o J., tinha memória de algo diferente e por isso insisti para que fossemos visitar aquela vila. A verdade é que, a vila em si não tem grande coisa para visitar, porém é uma zona bem simpática e acolhedora. Muito tranquila e pouco turística dá-nos a sensação de paz. |
Mais uma vez, não foi difícil descobrir sítio para dormir. Logo à entrada encontrámos um café que, por coincidência, tinha, no mesmo edifício, uma Pensão - Pensão Estrela. Com um valor muito apetecível em cima da mesa, não procurámos mais.
A rotina mantinha-se, uma banho quente, um tempinho para descansar e por fim um passeio pela vila enquanto procurávamos local para jantar.
Como referimos, Manteigas é um local pequeno e por isso a voltinha foi rápida. Entre muitas indecisões acabámos por nos sentar a jantar na Pizzaria Alfatima e desfrutar de um jantar que, apesar de pouco tradicional, foi maravilhoso.
A rotina mantinha-se, uma banho quente, um tempinho para descansar e por fim um passeio pela vila enquanto procurávamos local para jantar.
Como referimos, Manteigas é um local pequeno e por isso a voltinha foi rápida. Entre muitas indecisões acabámos por nos sentar a jantar na Pizzaria Alfatima e desfrutar de um jantar que, apesar de pouco tradicional, foi maravilhoso.
Dia 4 - Manteigas - Covilhã - Segunda-feira (27 Julho)
O dia começou com a visita ao Poço do Inferno. Ao contrário do que esperávamos, o poço encontrava-se muito mal cuidado. Notava-se bem a falta de manutenção. Em redor o ambiente é de pura tranquilidade. Bem no meio da natureza podemos desfrutar apenas do chilrear dos pássaros.
Para os viajantes que gostam de caminhar e que visitem a zona com tempo aconselhamos conhecerem os diferentes trilhos pedestres que por aqui podemos encontrar, certamente irão aproveitar o cheiro e os sons da natureza em redor.
O sol prometia aquecer o dia, mas mal sabíamos os que nos esperava. Através da incrível N18-1 chegámos à Guarda. Esta estrada é, para os que gostam de contemplar a paisagem e viver a adrenalina das curvas contra-curvas, algo de impressionante. Após Valhelhas, cortando à esquerda entramos numa das que foi a nossa nacional favorita nesta viagem e, num serpentear de alcatrão chegamos àquela que é conhecida como a cidade dos 5 F’s.
A Guarda é uma cidade na qual tenho muitas memórias. O J. nunca tinha visitado, já eu conheço-a como a palma da minha mão. Foram muitas férias e fins-de-semana passados por estes lados, na casa de pessoas a quem posso chamar família.
O dia começou com a visita ao Poço do Inferno. Ao contrário do que esperávamos, o poço encontrava-se muito mal cuidado. Notava-se bem a falta de manutenção. Em redor o ambiente é de pura tranquilidade. Bem no meio da natureza podemos desfrutar apenas do chilrear dos pássaros.
Para os viajantes que gostam de caminhar e que visitem a zona com tempo aconselhamos conhecerem os diferentes trilhos pedestres que por aqui podemos encontrar, certamente irão aproveitar o cheiro e os sons da natureza em redor.
O sol prometia aquecer o dia, mas mal sabíamos os que nos esperava. Através da incrível N18-1 chegámos à Guarda. Esta estrada é, para os que gostam de contemplar a paisagem e viver a adrenalina das curvas contra-curvas, algo de impressionante. Após Valhelhas, cortando à esquerda entramos numa das que foi a nossa nacional favorita nesta viagem e, num serpentear de alcatrão chegamos àquela que é conhecida como a cidade dos 5 F’s.
A Guarda é uma cidade na qual tenho muitas memórias. O J. nunca tinha visitado, já eu conheço-a como a palma da minha mão. Foram muitas férias e fins-de-semana passados por estes lados, na casa de pessoas a quem posso chamar família.
Apesar de pequena, o centro é muito bonito, e vale a pena visitar não só a Sé como todo os espaço envolvente. Se por aqui quiserem almoçar aconselho a experimentarem os lagartinhos de porco no restaurante A Mexicana. Um restaurante que me encantou desde que me lembro.
A paragem pela Guarda foi curta, aproveitei para dar a conhecer ao J. o centro histórico e tomar um café com uma grande amiga de infância e daí seguimos para o destino seguinte - Castelo Rodrigo.
Esta viagem trouxe-nos um misto de emoções. Se por um lado pudemos aproveita a paisagem que se estende ao longo da magnifica N221, por outro o sol e o calor que se fazia sentir deixavam-nos desejosos de um banho numa daquelas praias fluviais que tinham sido deixadas para trás.
À chegada, a cortada para o lado oposto trocou-nos as voltas e fomos parar a Figueira Castelo Rodrigo, quando na verdade queríamos visitar Castelo Rodrigo. Eram 14h e nos centro da cidade tudo estava fechado ou a caminho disso. Sem esperanças de encontrar sítio para almoçar dirigimo-nos então à zona do castelo. Uma subida de 6 quilómetros que nos leva a mais uma das aldeias históricas deste país. O espaço envolvente conserva, na sua maioria, as velhas muralhas deste castelo, bem como diversos monumentos históricos.
Entre as ruas estreitas e empedradas encontrámos uma cervejaria artesanal com umas tostas maravilhosas. Sentámo-nos na sossegada esplanada e, acompanhados por uma cerveja e uma tosta, aproveitámos a incrível paisagem que se estendia à nossa frente.
A paragem pela Guarda foi curta, aproveitei para dar a conhecer ao J. o centro histórico e tomar um café com uma grande amiga de infância e daí seguimos para o destino seguinte - Castelo Rodrigo.
Esta viagem trouxe-nos um misto de emoções. Se por um lado pudemos aproveita a paisagem que se estende ao longo da magnifica N221, por outro o sol e o calor que se fazia sentir deixavam-nos desejosos de um banho numa daquelas praias fluviais que tinham sido deixadas para trás.
À chegada, a cortada para o lado oposto trocou-nos as voltas e fomos parar a Figueira Castelo Rodrigo, quando na verdade queríamos visitar Castelo Rodrigo. Eram 14h e nos centro da cidade tudo estava fechado ou a caminho disso. Sem esperanças de encontrar sítio para almoçar dirigimo-nos então à zona do castelo. Uma subida de 6 quilómetros que nos leva a mais uma das aldeias históricas deste país. O espaço envolvente conserva, na sua maioria, as velhas muralhas deste castelo, bem como diversos monumentos históricos.
Entre as ruas estreitas e empedradas encontrámos uma cervejaria artesanal com umas tostas maravilhosas. Sentámo-nos na sossegada esplanada e, acompanhados por uma cerveja e uma tosta, aproveitámos a incrível paisagem que se estendia à nossa frente.
Debaixo do sol tórrido seguimos viagem, até Sortelha, passando por Vilar Formoso.Sortelha é mais uma das míticas aldeias históricas que não pode ficar por conhecer. No interior das muralhas de um antigo castelo existe uma aldeia, toda empedrada na qual é possível pernoitar.
Infelizmente, dada a situação pela qual o mundo atravessa, encontrámos a aldeia vazia e com tudo fechado. Ainda assim percorremos as poucas ruelas, subimos as muralhas e desfrutámos de cada cantinho. Atravessem a aldeia e espreitem as formações graníticas que aqui se encontram, ponham a imaginação a funcionar e encontrem o ângulo certo! Irão descobrir a famosa “Cabeça da velha". Com o sol a esconder-se atrás da neblina tardia pisámos o alcatrão em duas rodas até à Covilhã, cidade já nossa conhecida.
Pertencente ao distrito de Castelo Branco esta cidade caracteriza-se pela sua curta distância à Serra da Estrela . Com um centro histórico pequeno mas encantador, é possível pernoitar nesta cidade e degustar os sabores da região. Bem no centro encontra-se a Câmara Municipal, um edifício robusto e imponente. As ruas calcetadas e íngremes levam-nos até lá e, virando à direita começamos a subir para a Serra. |
Parámos no centro, num café também já nosso conhecido - Montiel - um dos mais antigos cafés da cidade.
Se há alguma memória boa de infância que possa relembrar é esta - descer a rua de casa dos meus avós, sempre de mão dada, passar no Sr. Carlos e seguir em direção à pastelaria para lanchar.
É verdade, passei alguns anos, ainda que poucos, de férias nesta cidade e por isso tenho um carinho muito especial.
Também nesta praça encontram um café onde podem comprar o doce típico que mais gosto, da região - os biscoitos de azeite. Se são doceiros como eu, aconselho a experimentarem, mas não é só isto que encontram. Podem deliciar-se com os enchidos e queijos típicos da região, ou provar os tradicionais nevões da Covilhã.
Locais para dormir nesta cidade também não faltam. Dos mais caros aos mais baratos são várias as opções possíveis. Porém, optámos por umas férias o mais low cost possível e por isso interessava-nos algo bom e barato.
Residencial Panorama - um prédio que aparenta ser pouco cuidado mas que por dentro nos acolhe quase como um palácio. Tudo muito antigo e com uma pequena esplanada à porta. Fomos recebidos pelo dono que nos tratou de forma impecável.
Tal como acontece com os hotéis, restaurantes na cidade é coisa que não falta.
Para os amantes de um serviço mais requintado sugerimos o Alkimya. Um restaurante mais sofisticado e com preços um pouco mais elevados, mas com refeições de alta qualidade e um atendimento extraordinário. Para refeições mais simples e em conta, recomendamos o restaurante Montiel, mesmo no centro e com um atendimento igualmente simpático.
Dia 5 - Covilhã - Coimbra - Terça-feira (28 Julho)
A semana estava a chegar a meio e o dia iria terminar naquela que chamamos a nossa base - Coimbra. Sem grandes pressas para chegar, visto não termos que procurar local para dormir, aproveitámos a manhã para descansar um pouco mais.Depois da desilusão que tinha sido o Covão dos Conchos eliminámos todas e quaisquer expectativas acerca do Covão d’Ametade. Sentámo-nos na nossa guerreira e lá fomos nós em direção ao vale glaciar do Zêzere. Logo à saída da Covilhã entramos em mais uma das incríveis nacionais que o nosso país tem - a N339. Entre curvas e subidas acentuadas dirigimo-nos a Penha da Saúde. A pouco quilómetros desta localidade encontra-se uma cortada à direita e entramos na N338 que nos leva tanto ao Covão d’Ametade como ao Vale glaciar do Zêzere. Uma descida pelo meio da natureza e da verde paisagem que nos envolve. Uma estrada com menos curvas mas igualmente fantástica pelo ambiente em redor. Rapidamente encontramos este parque e daqui é possível observar o enorme vale que se estende à nossa frente. |
O Covão d’Ametade é um local interessante para as crianças brincarem, para fazer piqueniques ou passar uma tarde à descoberta da nascente do Rio Zêzere, caso contrário um passeio curto como o nosso é suficiente para ficarem a conhecer.
Já perto da hora de almoço seguimos viagem até Cortes de Meio, uma pequena aldeia recheada de pequenos paraísos naturais que deixam qualquer um fascinado.
Ao longo da ribeira semiglaciar que se estende pelas diversas aldeias, formam-se pequenas lagoas e cascatas. Em algumas é possível aproveitar a água fresca para um banho, noutras apenas para refrescar as mãos, cara e tirar umas fotografias engraçadas.
Vale realmente a pena visitar estas aldeias e ir à descoberta dos diferentes poços.
Para os amantes de BTT aconselhamos a espreitarem o site da freguesia e descobrirem as rotas possíveis de fazer.
Já perto da hora de almoço seguimos viagem até Cortes de Meio, uma pequena aldeia recheada de pequenos paraísos naturais que deixam qualquer um fascinado.
Ao longo da ribeira semiglaciar que se estende pelas diversas aldeias, formam-se pequenas lagoas e cascatas. Em algumas é possível aproveitar a água fresca para um banho, noutras apenas para refrescar as mãos, cara e tirar umas fotografias engraçadas.
Vale realmente a pena visitar estas aldeias e ir à descoberta dos diferentes poços.
Para os amantes de BTT aconselhamos a espreitarem o site da freguesia e descobrirem as rotas possíveis de fazer.
O calor não nos abria o apetite, antes pelo contrário, por isso decidimos parar num café junto da estrada apenas para beber uma cerveja e comer uns caracóis. Uma paragem rápida e seguimos viagem até Santa Luzia, a próxima e eventualmente última praia fluvial a visitar nestas férias.
Pela N238, acompanhados pelo rio Zêzere chegámos a esta praia ainda com calor e sol, o que fez com que aproveitássemos para dar uns mergulhos na água gélida e descansar no pouco espaço de areia que encontrámos.
Com o final do dia a chegar era hora de nos dirigirmos ao destino final.
O caminho até Coimbra foi feito, inicialmente pela N112. Sempre no meio da natureza entrámos na N2, já nossa conhecida e, mais à frente na N236. Atravessando para a margem direita do Rio Ceira, chegamos rapidamente à N17, também já nossa conhecida e que, apesar de sempre em linha reta é também uma das nossas favoritas.
Acompanhando sempre a margem deste rio, esta estrada leva-nos até à entrada este de Coimbra. Ao longe começamos a ver o Rio Mondego, a imponente Torre da Universidade e toda a cidade dos estudantes, como se de uma fotografia se tratasse.
Sugestões de restaurantes para jantar, em Coimbra, não nos faltam, porém deixamos a sugestão do restaurante que visitámos neste dia: O Cordel Maneirista. Um restaurante de requinte, com uma grande varanda com vista para o Convento de São Francisco. Um atendimento de excelência e uma confecção de comer e chorar por mais.
Pela N238, acompanhados pelo rio Zêzere chegámos a esta praia ainda com calor e sol, o que fez com que aproveitássemos para dar uns mergulhos na água gélida e descansar no pouco espaço de areia que encontrámos.
Com o final do dia a chegar era hora de nos dirigirmos ao destino final.
O caminho até Coimbra foi feito, inicialmente pela N112. Sempre no meio da natureza entrámos na N2, já nossa conhecida e, mais à frente na N236. Atravessando para a margem direita do Rio Ceira, chegamos rapidamente à N17, também já nossa conhecida e que, apesar de sempre em linha reta é também uma das nossas favoritas.
Acompanhando sempre a margem deste rio, esta estrada leva-nos até à entrada este de Coimbra. Ao longe começamos a ver o Rio Mondego, a imponente Torre da Universidade e toda a cidade dos estudantes, como se de uma fotografia se tratasse.
Sugestões de restaurantes para jantar, em Coimbra, não nos faltam, porém deixamos a sugestão do restaurante que visitámos neste dia: O Cordel Maneirista. Um restaurante de requinte, com uma grande varanda com vista para o Convento de São Francisco. Um atendimento de excelência e uma confecção de comer e chorar por mais.
Dia 6 - Coimbra - Figueira da Foz - Quarta-feira (29 Julho)
Tal como no ano anterior, fizemos um dia de pausa durante a semana. Dirigimo-nos até à Figueira da Foz e por aqui ficámos o dia todo. O almoço junto à Marina, um passeio pelas ruas pouco movimentadas da Figueira da Foz e um cocktail no Spasso, um Bar à beira mar com bom ambiente fizeram o nosso dia.
É o que chamamos o dia chill. Sem horas, sem sair da mesma cidade e a desfrutar apenas de uma esplanada, do mar e da praia.
Tal como em Coimbra as sugestões para almoçar e/ou jantar são inesgotáveis, mas posso-vos deixar alguns dos meus restaurantes favoritos:
- Caçarola II , mesmo em frente ao casino e com uma ótima mariscada;
- Carrossel, um pouco mais afastado do centro, mas com as melhores pataniscas;
- Restaurante Pata Negra, junto ao mercado da Figueira, com uma sala bem pequena mas acolhedora e com as melhores tapas;
- Taverna do Ti João, igualmente pequeno e geralmente precisa de reserva, mas com um atendimento muito simpático.
Entre outros bons restaurantes que poderão encontrar na cidade, não podem deixar de provar o bolo de bolacha da Emanha, ou os maravilhosos e enormes crepes da Gelataria San Remo, já em Buarcos.
Tal como no ano anterior, fizemos um dia de pausa durante a semana. Dirigimo-nos até à Figueira da Foz e por aqui ficámos o dia todo. O almoço junto à Marina, um passeio pelas ruas pouco movimentadas da Figueira da Foz e um cocktail no Spasso, um Bar à beira mar com bom ambiente fizeram o nosso dia.
É o que chamamos o dia chill. Sem horas, sem sair da mesma cidade e a desfrutar apenas de uma esplanada, do mar e da praia.
Tal como em Coimbra as sugestões para almoçar e/ou jantar são inesgotáveis, mas posso-vos deixar alguns dos meus restaurantes favoritos:
- Caçarola II , mesmo em frente ao casino e com uma ótima mariscada;
- Carrossel, um pouco mais afastado do centro, mas com as melhores pataniscas;
- Restaurante Pata Negra, junto ao mercado da Figueira, com uma sala bem pequena mas acolhedora e com as melhores tapas;
- Taverna do Ti João, igualmente pequeno e geralmente precisa de reserva, mas com um atendimento muito simpático.
Entre outros bons restaurantes que poderão encontrar na cidade, não podem deixar de provar o bolo de bolacha da Emanha, ou os maravilhosos e enormes crepes da Gelataria San Remo, já em Buarcos.
Dia 7 - Figueira da Foz - Arouca - Quinta -feira (30 Julho)
Depois de um dia mais calmo recomeçávamos a nossa viagem, desta vez em direção a Norte.
Primeiro destino - Pateira de Fermentelos.
A Pateira de Fermentelos é uma lagoa rodeada pelos concelhos de Águeda, Aveiro e Oliveira do Bairro. Em tempos foi um antigo braço marinho onde desaguavam, de forma independente os rios Cértima, Águeda e Vouga.
Atualmente é a maior lagoa da Península Ibérica e em seu redor encontra-se uma grande área verde pela qual é possível passear, fazer um piquenique e aproveitar o sol numa tarde de Verão.
O som dos pássaros em redor e as poucas pessoas que por aqui se encontravam permitiram-nos experienciar a natureza de uma forma sem igual.
Pela N333 seguimos viagem até Águeda, espectantes com a tão conhecida rua coberta por chapéus coloridos. Porém, não podíamos ter ficado mais desiludidos. Parte da rua já não tinha os ditos chapéus, outros em muito mau estado e o cenário com que nos deparámos não foi de todo aquele que víamos em fotografias.
Porém isto não nos impediu de um curto passeio pelas ruas de Águeda e que nos fez descobrir, por exemplo, a arte exposta numas escadas.
Depois de um dia mais calmo recomeçávamos a nossa viagem, desta vez em direção a Norte.
Primeiro destino - Pateira de Fermentelos.
A Pateira de Fermentelos é uma lagoa rodeada pelos concelhos de Águeda, Aveiro e Oliveira do Bairro. Em tempos foi um antigo braço marinho onde desaguavam, de forma independente os rios Cértima, Águeda e Vouga.
Atualmente é a maior lagoa da Península Ibérica e em seu redor encontra-se uma grande área verde pela qual é possível passear, fazer um piquenique e aproveitar o sol numa tarde de Verão.
O som dos pássaros em redor e as poucas pessoas que por aqui se encontravam permitiram-nos experienciar a natureza de uma forma sem igual.
Pela N333 seguimos viagem até Águeda, espectantes com a tão conhecida rua coberta por chapéus coloridos. Porém, não podíamos ter ficado mais desiludidos. Parte da rua já não tinha os ditos chapéus, outros em muito mau estado e o cenário com que nos deparámos não foi de todo aquele que víamos em fotografias.
Porém isto não nos impediu de um curto passeio pelas ruas de Águeda e que nos fez descobrir, por exemplo, a arte exposta numas escadas.
Pela N333 chegámos a Talhadas e, aqui, entrámos na N328 que nos levou até às margens do Rio Vouga. Atravessámos na Ponte Abade Santiago, uma ponte histórica e em seguida cortámos para a N16, onde encontrámos o local perfeito para um almoço calmo.
Com uma esplanada junto ao Rio Vouga, fomos recebidos com um grande sorriso por parte dos funcionários do Restaurante Santiago. Da mesa pudémos contemplar a ponte do Poço de Santiago e ouvir ao fundo o som do Vouguinha a deslocar-se.
Se por aqui passarem aconselhamos a provar o arroz de lampreia (se for altura dele) ou os Miminhos de porco grelhados, e para sobremesa… deliciem-se com o leite creme bem torrado e não se irão arrepender certamente.
Já de barriga cheia seguimos viagem pela N328 até ao Parque da Cabreia.
Ideal para piqueniques e uma tarde no meio da natureza este parque destaca-se pela grande cascata na qual é possível refrescar o corpo, e pelos riachos que aqui nascem e percorrem o parque.
Um parque no qual a luz do sol não abunda, dada a enorme quantidade de árvores, mas no qual se respira um ar fresco e puro.
Claro que aproveitámos para nos refrescarmos e passar parte da tarde.
O destino final era Arouca visto que o plano para o dia seguinte seria conhecer finalmente os Passadiços do Paiva.
O caminho até lá não tem nada de fascinante, e a cidade em si, pouco tem para visitar. Com um centro muito acolhedor cumprimos a tradição - Sentar numa esplanada e descobrir sítio para dormir.
Mesmo por cima das nossas cabeças encontrámos um apartamento enorme e que naquela noite estava totalmente livre. Com um pátio interior, a ideia de comprar uma garrafa de vinho para aproveitar a noite quente de Verão surgiu rapidamente. E assim foi, um saltinho rápido ao supermercado, uma hora de descanso no quarto e por fim, um jantar no restaurante Tasquinha da Quinta, com deliciosas refeições cozinhadas na brasa, à vista de qualquer um.
E tal como planeado, terminámos o dia no pátio interior da casa onde ficámos à conversa.
Que final de dia incrível!
Com uma esplanada junto ao Rio Vouga, fomos recebidos com um grande sorriso por parte dos funcionários do Restaurante Santiago. Da mesa pudémos contemplar a ponte do Poço de Santiago e ouvir ao fundo o som do Vouguinha a deslocar-se.
Se por aqui passarem aconselhamos a provar o arroz de lampreia (se for altura dele) ou os Miminhos de porco grelhados, e para sobremesa… deliciem-se com o leite creme bem torrado e não se irão arrepender certamente.
Já de barriga cheia seguimos viagem pela N328 até ao Parque da Cabreia.
Ideal para piqueniques e uma tarde no meio da natureza este parque destaca-se pela grande cascata na qual é possível refrescar o corpo, e pelos riachos que aqui nascem e percorrem o parque.
Um parque no qual a luz do sol não abunda, dada a enorme quantidade de árvores, mas no qual se respira um ar fresco e puro.
Claro que aproveitámos para nos refrescarmos e passar parte da tarde.
O destino final era Arouca visto que o plano para o dia seguinte seria conhecer finalmente os Passadiços do Paiva.
O caminho até lá não tem nada de fascinante, e a cidade em si, pouco tem para visitar. Com um centro muito acolhedor cumprimos a tradição - Sentar numa esplanada e descobrir sítio para dormir.
Mesmo por cima das nossas cabeças encontrámos um apartamento enorme e que naquela noite estava totalmente livre. Com um pátio interior, a ideia de comprar uma garrafa de vinho para aproveitar a noite quente de Verão surgiu rapidamente. E assim foi, um saltinho rápido ao supermercado, uma hora de descanso no quarto e por fim, um jantar no restaurante Tasquinha da Quinta, com deliciosas refeições cozinhadas na brasa, à vista de qualquer um.
E tal como planeado, terminámos o dia no pátio interior da casa onde ficámos à conversa.
Que final de dia incrível!
Dia 8 - Arouca - Coimbra - Sexta-feira (31 Julho)
O dia começou cedo! Queríamos começar a caminhar antes das horas de maior calor. Dirigimo-nos ao ponto de encontro marcado com o J. e C. - casal da família.
O percurso dos Passadiços do Paiva liga Areinho a Espiunca . Ao longo de 8 quilómetros é possível apreciar a paisagem rochosa em redor do rio Paiva, caminhando sobre uma forte estrutura de madeira.
Esta caminhada é possível de ser feita nos dois sentidos, porém, dada a estrutura do percurso aconselhamos a começarem pelo lado do Areinho. A subida inicial é um pouco mais difícil, mas serão apenas 400m, depois, o restante percurso será sempre a descer ou em plano.
Caso vão em grupo o ideal será deixar um dos carros no fim do percurso e com outro deslocar-se até ao ponto de partida, porém, caso não haja essa possibilidade poderão sempre alugar os táxis que se encontram nas entradas do percurso. Caso contrário, serão 16 quilómetros em vez de 8.
Ao longo da caminhada é possível parar nas praias fluviais da Espiunca, Vau e Areinho. Poderão ver diferentes geossítios, como a Garganta do Paiva, a cascata das Aguieira, a Gola do Salto e atualmente é também possível caminhar sobre a maior ponte suspensa da Europa.
Para o percurso aconselhamos:
- Iniciar o percurso de manhã cedo;
- Levar água fresca para o caminho;
- Levar calçado confortável;
- Levar fato de banho para possíveis mergulhos nas praias fluviais;
- Levar comida para o caminho;
- Boa disposição e vontade de apreciar uma bela paisagem.
Dependendo da velocidade e do número de vezes que parem, esta caminhada pode durar cerca de 2h30. Talvez tenhamos demorado um pouco mais, visto termos parado para comer e para nos refrescarmos, na praia fluvial do vau.
Já no fim, e depois de uma cerveja fresca no bar da praia da Espiunca, definimos o trajeto seguinte.
Viajámos pela Serra da Freita até às Pedras Broas, e em seguida ao miradouro da Frecha da Mizarela, uma queda de água originada pela falha rochosa existente.
No caminho até lá é natural que se deparem com manadas a passearem pelas estradas. Não se assustem e acima de tudo mantenham a calma. Irão eventualmente afastar-se e conseguirão passar sem qualquer problema.
Outro ponto de interesse nesta serra são as pedras parideiras. Estas pedras, designadas na geologia como granito nodular, deixam no granito uma cavidade, da qual se soltam, através do processo de erosão, uns nódulos. Por este motivo, os habitantes da zona deram às rochas o nome de pedras parideiras.
Para compreenderem melhor este processo e conhecem mais curiosidades da região aconselhamos a vista ao centro de interpretação.
Bem perto desta Serra poderão encontrar vários Poços. O Poço Azul ou o Poço Negro são dois exemplos dos quais aconselhamos a visitar.
Logo a seguir a Manhouce, pelas ruas calcetadas, começamos a descer para esta lagoa de cor verde esmerada. Formada pela força das águas do rio Teixeira, esta lagoa brinda-nos não só com a sua beleza natural como com a sua cascata que nos respinga de água fresca.
Um ótimo sítio para desfrutar a comunhão plena com a Natureza.
Mais à frente, mas ainda pertencente ao concelho de São Pedro do Sul é possível mergulhar também nas águas do Poço Azul. Uma lagoa no meio da natureza, igualmente fascinante.
Com o dia a chegar ao fim, e apressados com os horários impostos com a pandemia, encaminhamo-nos para o destino final - Coimbra, onde acabámos a jantar num dos meus restaurantes favoritos - Il Tartufo.
O dia começou cedo! Queríamos começar a caminhar antes das horas de maior calor. Dirigimo-nos ao ponto de encontro marcado com o J. e C. - casal da família.
O percurso dos Passadiços do Paiva liga Areinho a Espiunca . Ao longo de 8 quilómetros é possível apreciar a paisagem rochosa em redor do rio Paiva, caminhando sobre uma forte estrutura de madeira.
Esta caminhada é possível de ser feita nos dois sentidos, porém, dada a estrutura do percurso aconselhamos a começarem pelo lado do Areinho. A subida inicial é um pouco mais difícil, mas serão apenas 400m, depois, o restante percurso será sempre a descer ou em plano.
Caso vão em grupo o ideal será deixar um dos carros no fim do percurso e com outro deslocar-se até ao ponto de partida, porém, caso não haja essa possibilidade poderão sempre alugar os táxis que se encontram nas entradas do percurso. Caso contrário, serão 16 quilómetros em vez de 8.
Ao longo da caminhada é possível parar nas praias fluviais da Espiunca, Vau e Areinho. Poderão ver diferentes geossítios, como a Garganta do Paiva, a cascata das Aguieira, a Gola do Salto e atualmente é também possível caminhar sobre a maior ponte suspensa da Europa.
Para o percurso aconselhamos:
- Iniciar o percurso de manhã cedo;
- Levar água fresca para o caminho;
- Levar calçado confortável;
- Levar fato de banho para possíveis mergulhos nas praias fluviais;
- Levar comida para o caminho;
- Boa disposição e vontade de apreciar uma bela paisagem.
Dependendo da velocidade e do número de vezes que parem, esta caminhada pode durar cerca de 2h30. Talvez tenhamos demorado um pouco mais, visto termos parado para comer e para nos refrescarmos, na praia fluvial do vau.
Já no fim, e depois de uma cerveja fresca no bar da praia da Espiunca, definimos o trajeto seguinte.
Viajámos pela Serra da Freita até às Pedras Broas, e em seguida ao miradouro da Frecha da Mizarela, uma queda de água originada pela falha rochosa existente.
No caminho até lá é natural que se deparem com manadas a passearem pelas estradas. Não se assustem e acima de tudo mantenham a calma. Irão eventualmente afastar-se e conseguirão passar sem qualquer problema.
Outro ponto de interesse nesta serra são as pedras parideiras. Estas pedras, designadas na geologia como granito nodular, deixam no granito uma cavidade, da qual se soltam, através do processo de erosão, uns nódulos. Por este motivo, os habitantes da zona deram às rochas o nome de pedras parideiras.
Para compreenderem melhor este processo e conhecem mais curiosidades da região aconselhamos a vista ao centro de interpretação.
Bem perto desta Serra poderão encontrar vários Poços. O Poço Azul ou o Poço Negro são dois exemplos dos quais aconselhamos a visitar.
Logo a seguir a Manhouce, pelas ruas calcetadas, começamos a descer para esta lagoa de cor verde esmerada. Formada pela força das águas do rio Teixeira, esta lagoa brinda-nos não só com a sua beleza natural como com a sua cascata que nos respinga de água fresca.
Um ótimo sítio para desfrutar a comunhão plena com a Natureza.
Mais à frente, mas ainda pertencente ao concelho de São Pedro do Sul é possível mergulhar também nas águas do Poço Azul. Uma lagoa no meio da natureza, igualmente fascinante.
Com o dia a chegar ao fim, e apressados com os horários impostos com a pandemia, encaminhamo-nos para o destino final - Coimbra, onde acabámos a jantar num dos meus restaurantes favoritos - Il Tartufo.
Dia 9 - Aldeias de Xisto - Sexta-feira (1 Agosto)
A semana estava a chegar ao fim. O dia prometia algo mais descontraído, sem grandes horários. Seria quase como uma visita guiada ao casal que nos acompanhava, visto que tanto eu como o J. já conhecíamos Coimbra e, no ano anterior tínhamos visitado as aldeias de xisto ali à volta. São 12 as aldeias de xisto em redor da Serra da Lousã, todas elas muito semelhantes mas cada uma com a sua particularidade. As mais conhecidas são talvez o Talasnal, Gondramaz e Pena, mas as restantes não deixam de ter o seu encanto.
Para os amantes de caminhada será interessante explorar os diferentes trilhos que unem as aldeias umas às outras. Preparem as águas e o calçado confortável e deixem-se levar pela aventura. A vida nestas aldeias é calma e desenrola-se lentamente. Com o sol a bater entre a imensidão de árvores caminhámos pelas diferentes aldeias à descoberta dos pequenos recantos de cada uma. |
Dia 10 - Coimbra - Lisboa - Sábado (2 Agosto)
Terminámos assim mais uma semana cheia de aventura! Uma semana que nos deu a conhecer mais um bocadinho deste nosso cantinho lusitano.
Mais uma vez, a mochila vem repleta de experiências e memórias que ficarão guardadas nas nossas memórias.
Foram as nossas férias em tempo de pandemia, numa altura em que voar não é aconselhável.
Existem 10 milhões de razões para ficar em Portugal! Este ano existia mais uma - A pandemia! Quando ela terminar, lembrem-se que irão continuar a existir 10 milhões de razões. Lembremo-nos dos lagos cor azul cristalina, das aldeias cobertas de xisto, das estradas no meio da natureza silenciosa e das praias de areia dourada. Lembremo-nos do quão bem somos recebidos no interior e de como as pessoas do Norte nos fazem sentir em casa. Lembremo-nos das histórias do centro e das iguarias do sul.
Lembremo-nos que Portugal também merece ser um destino para os Portugueses! E quando acharem que não há mais nada que vos falte descobrir, revejam o mapa do nosso pequeno cantinho, há sempre uma novidade à espreita!
Terminámos assim mais uma semana cheia de aventura! Uma semana que nos deu a conhecer mais um bocadinho deste nosso cantinho lusitano.
Mais uma vez, a mochila vem repleta de experiências e memórias que ficarão guardadas nas nossas memórias.
Foram as nossas férias em tempo de pandemia, numa altura em que voar não é aconselhável.
Existem 10 milhões de razões para ficar em Portugal! Este ano existia mais uma - A pandemia! Quando ela terminar, lembrem-se que irão continuar a existir 10 milhões de razões. Lembremo-nos dos lagos cor azul cristalina, das aldeias cobertas de xisto, das estradas no meio da natureza silenciosa e das praias de areia dourada. Lembremo-nos do quão bem somos recebidos no interior e de como as pessoas do Norte nos fazem sentir em casa. Lembremo-nos das histórias do centro e das iguarias do sul.
Lembremo-nos que Portugal também merece ser um destino para os Portugueses! E quando acharem que não há mais nada que vos falte descobrir, revejam o mapa do nosso pequeno cantinho, há sempre uma novidade à espreita!
(Julho, 2020)